(...)
Pode ser que tudo esteja bem no plural
de um mundo intenso. Mas 
o amor é outro poder, a carne
vive de sua absorta permanência. Esta vida 
de que falo 
não se escoa, não alimenta os superlativos 
diários. É única
e perene sobre a escondida fluência 
dos movimentos
(...)

Herberto Helder, Elegia Múltipla, in Poesia Toda, Assírio & Alvim, 1981 

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