A ESTA HORA AS NOSSAS MÃOS
A esta hora as nossas mãos parecem
pertencer a outros corpos, outros destroços
coisas que podem não existir realmente.
Etá visto que não conseguimos ir para casa
até ao fim das nossas vidas. E no entanto
obrigamo-nos a encontrar pequenos locais
para o nosso pequeno feitio.
Aprendemos a lição: a cidade usa-nos.
Mas terá sido mesmo esta
a última noite das nossas provações?
Vitor Nogueira, Bagagem de Mão, & Etc., 2007
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