(...)
É possível que nada se saiba das raparigas que, no entanto, vivem? É possível que se diga "as mulheres", "as crianças", "os rapazes" e não se faça a mínima ideia (apesar de toda a cultura não se faça a mínima ideia) de que há muito que estas palavras não têm plural, mas apenas números singulares?
Sim, é possível.
(...)

Rainer Maria Rilke, As Anotações de Malte Laurids Brigge, Relógio d'Água, 2003, or.1910 (tradução de Maria Teresa Dias Furtado)

1 comentário:

  1. o sentimento de singularidade é um privilégio. só aos olhos de quem gosta de nós despimos a nossa pluralidade.
    Rilke forever.

    Josephine

    ResponderEliminar