ALEGRIA

O esplendor do sol
deslumbrava-te ontem
doendo
como uma ferida
nas pupilas de um cego.
Mas hoje
o esplendor do sol
não era suficientemente brilhante
para o teu brilho:
no mundo infinito só existe
este teu esplendor
verdadeiro

Antonia Pozzi, in Morte de uma Estação, Averno, 2012 (selecção e tradução de Inês Dias)

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