(...)
Deambulo nem triste nem alegre deambulo
deixo passos deambulantes em cidades cintilantes
gosto de coisas como gente que morreu
e recolho nos olhos restos de silêncio
além das árvores sombrias do olhar
dos goivos carmesins e das hortênsias e jasmins
Ponho a mão na tristeza como numa mesa
junto à velha vidraça visível da praça
vidraça corrompida por lilases
(...)
Ruy Belo, in A Margem da Alegria, Presença, 1998
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