A arte de vanguarda produzida nas últimas três ou quatro décadas do século XX é, muitas vezes, uma coisa medíocre, ininteligível e desinteressante. A tremenda confusão de valores a que se chegou deu lugar a uma floresta de equívocos cada vez mais emaranhada. (...)
Não viria daí grande mal ao mundo, se muitas dessas produções de artístico arreganho não tivessem passado a existir na promiscuidade escandalosa de um circuito que, hoje em dia, passa pelos próprios artistas, pelos galeristas, pelos críticos de arte, pelos coleccionadores, pelos museus, pelos consultores de uns e doutros, pelas leiloeiras, pelas instituições financeiras, e provavelmente por mais entidades, incluindo figuras da política.
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